Artigo
Recursos didáticos na educação especialJonir Bechara Cerqueira
Elise de Melo Borba Ferreira
ResumoOs
materiais didáticos são de fundamental importância para a educação de
deficientes visuais. Este texto pretende definir, classificar e ilustrar
alguns destes materiais, além de apresentar recursos disponíveis a
partir da utilização de equipamentos de informática.
Talvez em
nenhuma outra forma de educação os recursos didáticos assumam tanta
importância como na educação especial de pessoas deficientes visuais,
levando-se em conta que:
1) um dos problemas básicos do deficiente visual, em especial o cego, é a dificuldade de contato com o ambiente físico;
2)
a carência de material adequado pode conduzir a aprendizagem da criança
deficiente visual a um mero verbalismo, desvinculado da realidade;
3) a formação de conceitos depende do íntimo contato da criança com as coisas do mundo;
4) tal como a criança de visão normal, a deficiente visual necessita de motivação para a aprendizagem;
5) alguns recursos podem suprir lacunas na aquisição de informações pela criança deficiente visual;
6)
o manuseio de diferentes materiais possibilita o treinamento da
percepção tátil, facilitando a discriminação de detalhes e suscitando a
realização de movimentos delicados com os dedos.
DefiniçãoRecursos
didáticos são todos os recursos físicos, utilizados com maior ou menor
freqüência em todas as disciplinas, áreas de estudo ou atividades, sejam
quais forem as técnicas ou métodos empregados, visando auxiliar o
educando a realizar sua aprendizagem mais eficientemente,
constituindo-se num meio para facilitar, incentivar ou possibilitar o
processo ensino-aprendizagem. De um modo genérico, os recursos didáticos
podem ser classificados como:
Naturais: elementos de existência real na natureza, como água, pedra, animais.
Pedagógicos: quadro, flanelógrafo, cartaz, gravura, álbum seriado, slide, maqueta.
Tecnológicos: rádio, toca-discos, gravador, televisão, vídeo cassete, computador, ensino programado, laboratório de línguas.
Culturais: biblioteca pública, museu, exposições.
O bom aproveitamento dos recursos didáticos está condicionado aos seguintes fatores:1) capacidade do aluno;
2) experiência do educando;
3) técnicas de emprego;
4) oportunidade de ser apresentado;
5) uso limitado, para não resultar em desinteresse.
Seleção, adaptação e confecçãoNa educação especial de deficientes visuais, os recursos didáticos podem ser obtidos por uma das três seguintes formas:
Seleção
Dentre
os recursos utilizados pelos alunos de visão normal, muitos podem ser
aproveitados para os alunos cegos tais como se apresentam. É o caso dos
sólidos geométricos, de alguns jogos e outros.
Adaptação
Há
materiais que, mediante certas alterações, prestam-se para o ensino de
alunos cegos e de visão subnormal. Neste caso estão os instrumentos de
medir, como o metro, a balança, os mapas de encaixe, os jogos e outros.
Confecção
A
elaboração de materiais simples, tanto quanto possível, deve ser feita
com a participação do próprio aluno. É importante ressaltar que
materiais de baixo custo ou de fácil obtenção podem ser freqüentemente
empregados, como: palitos de fósforos, contas, chapinhas, barbantes,
cartolinas, botões e outros.
Com relação ao uso, os recursos devem ser:Fartos — para atender a vários alunos simultaneamente;
Variados — para despertar sempre o interesse da criança, possibilitando diversidade de experiências;
Significativos
— para atender aspectos da percepção tátil (significativo para o tato)
e/ou da percepção visual, no caso de alunos de visão subnormal.
ATIVIDADE:
Caixinha Surpresa
Costumo
trabalhar com caixas de diversos tamanhos e colocamos uma dentro da
outra e dentro da última caixa tem sempre um objeto. A criança vai
manusear bem a caixa, balançar para escutar.
Depois, faço perguntinhas: "faz barulho?", "é pesado ou leve?"...
Agora vamos tenter adivinhar: "O que é o que é..."
Podem abrir...eles tem que tentar abrir sozinhos uma caixa após a outra.
FONTE:
http://camilagenaro.blogspot.com.br/search/label/Inclus%C3%A3o
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