quarta-feira, 16 de outubro de 2013

CINEMA: RESENHA DO FILME

O BALÃO VERMELHO     

             

Um dia, o pequeno Pascal encontra por acaso um grande balão vermelho em seus passeios pelo bairro parisiense de Ménilmontant. Aparentemente, o balão é dotado de uma vontade própria, e os dois desenvolvem então uma estreita amizade. Porém, tamanha amizade faz com que os meninos da vizinhança comecem a cobiçar o balão de Pascal. Essa é a história desse bonito curta metragem francês da década de 50, um verdadeiro tesouro.


                         


O filme retrata metaforicamente através de seu realismo mágico, uma atmosfera de ingenuidade e pureza, mas também nos lembra como o ser humano pode ser mesquinho e destrutivo. Filmado no então insalubre bairro de Ménilmontant, em Paris, é uma oportunidade quase documental de se observar como era a área então, já que hoje trata-se de um agradável bairro bohêmio que não se parece nada com o que é visto no filme.  


                                   


O filme é francamente metafórico, e como tal abre caminho para as mais delirantes fantasias projetadas daqueles que o assistem. Me diverti muito em ver algumas leituras feitas ao seu respeito: o balão como uma metáfora de Cristo, ou, o balão como uma metáfora da França do pós guerra que voltava a sorrir. Com todo respeito, para mim o filme é apenas a simplicidade daquilo que mostra tão claramente. Além disso e um ótimo meio de apresentar para as crianças um cinema de qualidade que certamente vai ajudar a formar seu senso estético para o futuro.


Título Original: Le Ballon Rouge
Ano: 1956
Diretor: Albert Lamorisse
País: França
Awards: British Academy of Film and Television Arts / Cannes / New York Film Critics Circle Awards / National Board of Review / Prix Louis Delluc / Wisconsin International Children's Film Festival /  Los Angeles Outfest Gay and Lesbian Film Festival / Educational Film Award

Nenhum comentário:

Postar um comentário