EIXO TEMÁTICO II: CONHECIMENTO
E EXPRESSÃO EM DANÇA
Sabemos que as ações físicas têm grande significado para os jovens. Seus movimentos, às vezes aparentemente exagerados, podem traduzir a vontade de dominar um espaço ainda desconhecido e instigante ou buscar relações possíveis entre seu corpo, o mundo e um modo de existir. É freqüente se justificar que a dança deve estar presente no currículo dos ensinos fundamental porque todos têm o dom natural e espontâneo de dançar, pois no dia-a-dia o corpo e o movimento estão sempre presentes. Essas afirmações, muitas vezes, acabam por fazer com que a dança não esteja presente na escola ou, então, seja apenas uma atividade sem muito sentido no âmbito escolar. Relegada, na grande maioria dos casos, a festas e comemorações, ou à imitação de modelos televisivos, freqüentemente ignoram-se os conteúdos socioafetivos e culturais presentes tanto nos corpos como nas escolhas de movimentos, coreografias e/ou repertórios, eximindo os professores de qualquer intervenção para que a dança possa ser dançada, vista e compreendida de maneira crítica e construtiva. |
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Estudos sociológicos e antropológicos em relação à construção do corpo em sociedade comprovam que, por razões diversas, muitos não possuem o movimento nato ou a dança no sangue, como se alega. Na sociedade contemporânea, não se pode tampouco ignorar a presença da dança virtual, que se relaciona com os corpos físicos de maneira totalmente distinta da dos antepassados. Assim, não se tem, necessariamente, um corpo que se movimenta no tempo e no espaço sempre que se dança. Dessa forma, a escola pode desempenhar papel importante na educação dos corpos e do processo interpretativo e criativo de dança, pois dará aos alunos subsídios para melhor compreender, desvelar, desconstruir, revelar e, se for o caso, transformar as relações que se estabelecem entre corpo, dança e sociedade. Essa função da escola torna-se ainda mais relevante, pois os alunos do ensino fundamental já tomam, mais claramente, consciência de seus corpos e das diversas histórias, emoções, sonhos e projetos de vida que neles estão presentes. |
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Encarregada não de reproduzir, mas de construir
conhecimento em dança e por meio da dança com seus alunos,
a escola pode proporcionar parâmetros para a apropriação
crítica, consciente e transformadora dos seus conteúdos
específicos. Com isso, poderá trabalhá-la como
forma de conhecimento e elemento essencial para a educação
do ser social que vive em uma cultura plural e multifacetada como a
nossa. A escola tem a possibilidade de fornecer subsídios práticos
e teóricos para que as danças que são criadas e
aprendidas possam contribuir na formação de indivíduos
mais conscientes de seu papel social e cultural na construção
de uma sociedade democrática.
Para tanto, há necessidade de orientações didáticas que estejam comprometidas com a realidade sociocultural brasileira e com valores éticos e morais que permitam a construção de uma cidadania plena e satisfatória. A pura reprodução/ensaio de danças folclóricas na escola, por exemplo, pode ser tão alienante e opressora quanto repertórios do balé clássico, ensinados mecânica e repetidamente. Do mesmo modo, a dança chamada criativa ou educativa pode, dependendo de como for ensinada, isolar os alunos do mundo e da realidade sociopolítica e cultural que os cerca. |
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É importante que o corpo não seja tratado como instrumento ou veículo da dança. O corpo é conhecimento, emoção, comunicação, expressão. Ou seja, o corpo somos nós e nós somos o nosso corpo. Portanto, o corpo é a nossa dança e a dança é o nosso corpo. Graças à imensa variedade de corpos existentes em nossa sociedade, serão dados temperos diferentes às danças criadas quer pelo grupo classe, quer pelo professor ou pela sociedade (no caso dos repertórios das culturas). É esta uma das grandes riquezas e contribuições da dança no processo educacional: a possibilidade de conhecer, reconhecer, articular e imaginar a dança em diferentes corpos, e, portanto, com diferentes maneiras de viver em sociedade. A dança inserida no contexto educacional deve propiciar o desenvolvimento da consciência corporal dos indivíduos e, ao trabalhar o corpo, estar se apropriando de um espaço em que a história de cada um está registrada, possibilitando reativar a memória coletiva e conseqüentemente valorizar os aspectos fundamentais de sua cultura. |
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OBJETIVOS
• construir uma relação
de cooperação, respeito, diálogo e valorização
das diversas escolhas e possibilidades de interpretação
e de criação em dança que ocorrem em sala de aula
e na sociedade;
• aperfeiçoar a capacidade de discriminação verbal, visual, sonora e cinestésica e de preparo corporal adequado em relação às danças criadas, interpretadas e assistidas; • situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade, principalmente no que diz respeito ao diálogo entre a tradição e a sociedade contemporânea; • buscar e saber organizar, registrar e documentar informações sobre dança em contato com artistas, documentos, livros etc., relacionando-os a suas próprias experiências pessoais como criadores, intérpretes e apreciadores de dança. |
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ESTRATÉGIAS –
exemplos - ver orientações pedagógicas
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EIXO TEMÁTICO
II : CONHECIMENTO E EXPRESSÃO EM DANÇA
TEMA:
Percepção gestual/corporal e sensibilidade estética.• Os tópicos obrigatórios são numerados em algarismos arábicos. • Os tópicos complementares são numerados em algarismos romanos e o texto está em itálico. SUB-TEMA: Análise de produções de dança contemporânea. |
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TEMA:
Movimentos artísticos em dança em diferentes épocas
e diferentes culturas. SUB-TEMA: Contextualização da dança na história da humanidade. |
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TEMA:
Elementos da dança. SUB-TEMA: Elementos formais da dança. |
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TEMA: Expressão
em dança. SUB-TEMA: Expressão corporal e gestual. |
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O Blog da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Maria de Abreu Bianco, estará sendo alimentando com temas atuais, nossos eventos pedagógicos e culturais.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
BIANCO: DANÇA EM FOCO
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